Guardiões da Natureza se reúnem em Brasília para comemorar o Dia da RPPN

Proprietários rurais e representantes de organizações se reunirão na quarta-feira, dia 31 de janeiro, na sede do IBAMA/Prevfogo, em Brasília, com uma agenda cheia em comemoração ao Dia da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) vai participar do evento em dois painéis: Tecnologias e formas de combate e prevenção de incêndios florestais em Reservas Privadas e nos cases de sucesso Crédito de Carbono em Áreas Privadas (RPPNs).

A experiência na manutenção e planejamento de ações da Brigada Alto Pantanal pelo IHP e o uso da inteligência articial com o sistema Pantera para detecção de fogo de forma prematura vão estar na pauta da apresentação do IHP. As ações de planejamento e execução para obter a primeira certificação dos créditos de carbono no Pantanal com o projeto Serra do Amolar REDD+, também do Instituto, vão também ser apresentadas no evento. A secretária-executiva do IHP, Betina Kellermann, vai representar o IHP.

Na programação, tem também a previsão de participação de autoridades políticas, governamentais e institucionais em defesa das RPPNs e está prevista a entrega de certificados aos proprietários, bem como Planos de Manejo, lançamento da Rede Brasileira de Reservas Naturais, lançamento da publicação “Diretrizes para áreas sob proteção”, atualização sobre o cenário das RPPNs e painéis de debate, como: “Tecnologias e formas de combate e prevenção de incêndios florestais em reservas privadas” e “Crédito de carbono em áreas privadas”.

Com mais de 60 inscritos, sendo pelo menos 20 guardiões da natureza, ou seja, proprietários de reservas, o evento marca a retomada dos encontros pós-pandemia, sendo o último realizado em 2018. As inscrições para participação no modo presencial estão encerradas, porém o evento será também transmitido online no LINK: (19) Celebrando o Dia Nacional das RPPNs! – YouTube

Com 34 anos de história no Brasil, desde que as Reservas Particulares do Patrimônio Natural são consideradas Unidade de Conservação e constam no Sistema Nacional de Conservação, já se somam 1.862 RPPNs no país, abrangendo quase 900 mil hectares de territórios preservados.

Conforme explica Laércio Machado, coordenador de projetos da Funatura, qualquer pessoa física ou jurídica que tenha uma propriedade em situação fundiária regularizada pode criar uma RPPN. “Quando alguém decide criar uma RPPN, deixa o seu nome e seu legado para as gerações futuras, para todo o sempre. O objetivo maior é manter a biodiversidade, proporcionando grandes corredores. As mudanças climáticas estão acontecendo, e os criadores de RPPNs estão dando um passo a mais na questão de preservação para que a biodiversidade permaneça como está. Seja apenas para preservar, ou para uso de pesquisa e ecoturismo, a motivação maior sempre é o amor à natureza”, defende.

O Superintendente Executivo da Funatura, Pedro Bruzzi, explica que a conservação ambiental em áreas privadas faz parte da história da Funatura, “Iniciamos em dezembro de 1987 com o projeto Santuários da Vida Silvestre de forma pioneira o que mais tarde com a promulgação do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza) a ideia foi recepcionada no texto como RPPN. Nos dias atuais a estratégia se demonstra moderna e necessária, biomas como o Cerrado que possui baixo percentual de área protegida e um elevado percentual de áreas privadas as reservas particulares cumprem um papel fundamental de conservação e conectividade.”

O evento é uma realização da Fundação Pró Natureza – Funatura e Rede Brasileira de Reservas Naturais com a parceria da REPAMS, Rppn Catarinense, ACPN e Associação Caatinga. Conta com o apoio e participação da Diretoria de Criação e Manejo de Unidade de Conservação DIMAN/ICMBio, SOS Sertão, umgrauemeio, Future Carbon, Nefau, Instituto Homem Pantaneiro, FAU, Sesc Polo Socioambiental Pantanal, Cristalino Lodge, IBAMA Prevfogo, UICN, CMAP, GEF Terrestre, Funbio e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

IHP e as RPPNs

O IHP (Instituto Homem Pantaneiro) é gestor de cinco RPPNs no Pantanal (Dorochê, Rumo ao Oeste, Acurizal, Penha e Engenheiro Eliezer Batista), na região da Serra do Amolar. Esse território compõe um dos maiores patrimônios de diversidade biológica do Brasil.

O conjunto de RPPNs com gestão do Instituto formam com o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (PARNA Pantanal) e outras sete propriedades rurais (Fazendas São Gonçalo, Santa Rosa, Vale do Paraíso, Morro Alegre, Santa Tereza e Jatobazinho e o Sítio Serra Negra) um corredor ecológico para guardar a maior variedade possível de espécies vegetais e animais.

O diretor-presidente do IHP, Ângelo Rabelo, pontua que as reservas privadas representam ações que completam a função do Estado na proteção ambiental. “Na Serra do Amolar, grande parte das áreas de conservação são representadas pelas RPPNs e fazendas privadas. Elas ampliam a área legalmente protegida e cumprem uma função de dar apoio ao Estado no papel de manter a preservação da nossa biodiversidade e ainda criam um corredor ecológico para a produção de natureza. Uma preocupação para o presente e o futuro do Pantanal e do planeta”, destaca.

Sobre a Funatura

A Fundação Pró-Natureza (Funatura), criada em 1986 em Brasília, é uma organização relevante no contexto socioambiental brasileiro. Declarada de utilidade pública federal em 1997, a Funatura executou mais de cem projetos em seus mais de 35 anos de existência, principalmente no bioma Cerrado. Destacam-se iniciativas como a implantação do Parque Nacional Grande Sertão Veredas e o Projeto de Santuários de Vida Silvestre, que promovem a proteção ambiental, pesquisas científicas, educação ambiental e ecoturismo. Além disso, a Funatura realizou estudos e projetos em todos os biomas brasileiros, apoiando a preservação de espécies ameaçadas e promovendo o desenvolvimento sustentável junto a comunidades tradicionais. A fundação também desempenha um papel ativo na representação da sociedade civil em fóruns e colegiados, buscando melhorias nas condições ambientais e na qualidade de vida da população brasileira. Sua missão é defender o meio ambiente no Brasil, com ênfase na diversidade biológica e na melhoria da qualidade de vida, contribuindo para o uso sustentável dos recursos naturais. Para mais informações acesse: www.funatura.org.br

Sobre o IHP

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Fundado em 2002, em Corumbá (MS), atua na conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local.

Entre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento e apoio a pesquisas científicas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.

Os programas que o Instituto atua são Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. Saiba mais em https://institutohomempantaneiro.org.br/. O IHP também integra o Observatório Pantanal.

Tags :
Share This :

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Keep Updated to our News and Blog