Crianças e jovens começam campanha para conservação no Pantanal com uso adequado da rede de esgoto

Centenas de estudantes vão ser os influenciadores na Capital do Pantanal para garantir cuidado com o bioma

A Campanha Corumbá Mais Sustentável começou na Capital do Pantanal nesta segunda-feira (2) a partir da ação conjunta da Ambiental MS Pantanal e a Sanesul, com apoio do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e Polícia Militar Ambiental. A proposta do trabalho é amplificar para toda a cidade orientações sobre o uso adequado da rede de esgoto e evitar o descarte incorreto de produtos, principalmente plástico. Esse tipo de conscientização gera reflexos diretos para a conservação do Pantanal e do rio Paraguai.

As instituições assinaram um termo de cooperação sobre a “Conservação Ambiental para o Saneamento Básico” como forma de compromisso com ações que vão engajar centenas de crianças e jovens que frequentam o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano. Somente na instituição participam mais de 400 estudantes dos variados bairros de Corumbá. A assinatura do termo foi na tarde desta segunda-feira (2), na sede do Instituto Moinho, em Corumbá, com a presença de diferentes autoridades e representantes das entidades parceiras, além da Embrapa Pantanal.

Paulo Antunes, diretor presidente da MS Pantanal, enfatiza que as medidas de sensibilização ambiental envolvendo crianças e adolescentes participantes do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano contribuem para irradiar orientações para centenas de famílias.

“A importância de um trabalho como esse é o envolvimento de instituições para uma aliança do bem. O IHP, o Moinho, a Ambiental MS Pantanal, a Polícia Militar Ambiental e a Sanesul se juntaram em prol de um propósito comum, que é cuidar do meio ambiente através de uma educação ambiental de jovens. O Pantanal é um Patrimônio Natural da Humanidade”, reforça.

Renato Marcílio da Silva, diretor presidente da Sanesul, destaca que a qualidade no fornecimento de água envolve também atenção com o tratamento de esgoto para garantir uma preservação do meio ambiente de forma universal. A orientação dos usuários é uma etapa importante na conservação.

“O fornecimento de água e a conservação são pontos interligados. Pretendemos continuar com essas ações e um cuidado muito grande com a preservação dos mananciais de água. Por isso mesmo, temos muita atenção com o tratamento do esgoto. Com essa parceria que construímos aqui, queremos contribuir para educar na melhor forma de se utilizar corretamente o sistema de esgoto. Acreditamos muito que as crianças vão aprender com o material que estamos trabalhando, vão aprender os processos e poderão preservar e ajudar o meio ambiente.”

Ângelo Rabelo, presidente do IHP, enfatiza que poder público e sociedade civil precisam estar unidos para garantir a vida saudável do Pantanal e das pessoas que habitam esse território. “Essa é uma oportunidade que começa forte ao unir instituições com história e chega ao lugar certo que é Corumbá. Este é o maior município no Pantanal, tem uma responsabilidade do poder público e da sociedade em contribuir para que o lançamento inadequado de resíduos no esgoto seja combatido e evitado. É uma iniciativa para se mostrar educação e respeito com a natureza.”

Como forma de engajar os jovens corumbaenses, 10 crianças deram início às atividades de conservação e visitaram todo o sistema de tratamento de esgoto de Corumbá durante a manhã de segunda-feira (2). Esses estudantes vão atuar como influenciadores e, ainda neste dia 2, fizeram roda de conversa com outros jovens para contar como ocorre o tratamento e a importância de evitar descarte irregular na rede.

Thais Reis, 16 anos, participou da visita guiada ao sistema de tratamento de esgoto e pontua que é preciso conscientização de todos. “A gente conseguiu ver como uma água que estava suja, com cheiro ruim, foi tratada e passou a ficar cristalina. A gente quer o melhor para o Pantanal e o rio Paraguai e por isso precisamos cuidar da nossa natureza, usar o esgoto da forma que é certa vai ajudar muito nisso tudo.”

Cartilhas e panfletos explicativos vão ser trabalhados com todos os participantes do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano ao longo do mês como forma de complementar o trabalho de sensibilização ambiental.

Números

No Brasil, são produzidos e lançados de forma inadequada na natureza 3,44 milhões de toneladas de sacolas plásticas, garrafas pet, canudos, embalagens de xampu e isopor a cada ano. Grande parte desses resíduos são removidos nas nossas, Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e Estações Elevatórias de Esgotos (EEE).

Portanto, de acordo com a MS Pantanal, do volume tratado nas unidades operadas pela concessionária, estima-se que dos 71.890 kg de resíduos contidos do gradeamento, respectivamente 21.640 kg são tecidos, 18.980 kg fibras/fiapos e 11.790 kg plásticos.

Somente a regional Corumbá (Pantanal) produz 27.550 kg de resíduos por mês, onde 8.293 kg são tecidos, 7.273 kg são fibras/fiapos, 4.518 kg são plásticos, e os 7.467 kg restantes dos demais diversos tipos de resíduos.

MS Pantanal – A Ambiental MS Pantanal nasceu da Parceria Público-Privada (PPP) entre Sanesul e o Grupo Aegea. A empresa é responsável pelos serviços de coleta, afastamento e tratamento de esgoto em 68 municípios do Mato Grosso do Sul. A MS Pantanal foi criada com objetivo de acelerar os investimentos a fim de universalizar o saneamento básico no estado.

IHP – Com mais de 20 anos de atuação, o Instituto Homem Pantaneiro compartilha com a sociedade os desafios para a conservação do Pantanal e toda sua biodiversidade. O Instituto é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na produção de natureza no bioma, com respeito à história e à cultura local. O IHP integra o Observatorio Pantanal.

Instituto Moinho Cultural Sul-Americano – Fundado em 2004, o Moinho Cultural é uma organização da sociedade civil que atua nos territórios fronteiriços do Brasil para a transformação positiva da realidade local, dando voz e vez às crianças, adolescentes e jovens, por meio de acesso a bens culturais, conhecimento tecnológico, noções de empreendedorismo e cidadania plena. Desde o início das atividades, mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pela instituição.

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