Monitoramento de pontes na BR-262 busca ampliar ações para evitar atropelamentos

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) vem buscando identificar validação de dados sobre o uso de pontes de vazante que ficam no trecho entre a ponte Poeta Manoel de Barros, sobre o rio Paraguai, e o Posto Guaicurus, da Polícia Rodoviária Federal, município de Miranda.

Neste dia 19/9, nesse monitoramento, que já dura 19 meses, a equipe do IHP encontrou uma família de 10 queixadas mortas, atropeladas justamente sobre uma ponte, na região onde está o ninho do Tuiuiu, BR-262 km 683. Nesse local, ainda não houve limpeza da parte inferior da ponte para haver estudo. Também foram encontrados mortos cervo, jacaré, tatu.

Porém, diante do registro trágico da morte de 10 indíviduos da espécie vulnerável para extinção, o trabalho de monitoramento vai buscar ampliar as pontes monitoradas para tentar mitigar essa ameaça à biodiversidade registrada no atropelamento de animais selvagens. O trabalho de monitoramento e limpeza de áreas de ponte de vazante acontece em parceria com proprietários rurais e o DNIT também dá apoio.

Até agora, já foram identificadas 50 espécies de animais que usaram as pontes de vazante com área de vegetação retirada a partir de monitoramento com armadilhas fotográficas. Entre as espécies há onça-pintada, anta, cervo, queixadas. Atualmente, há um monitoramento em três pontes que tinham sido identificadas como prioritárias e que foi possível garantir ações por meio de parceiros. A intenção do projeto é propor ações mitigadoras que podem somar-se a outros esforços para reduzir os atropelamentos da fauna em trecho da BR-262, no Pantanal, entre Miranda e Corumbá.

Além da morte de animais, os atropelamentos podem causar risco aos motoristas. No caso do atropelamento das queixadas registrado neste dia 19/09, foi possível identificar o risco para acidente com outros veículos por conta da presença dos corpos dos animais na rodovia.

Sobre o Instituto Homem Pantaneiro

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Fundado em 2002, em Corumbá (MS), atua na conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local.
Entre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento e apoio a pesquisas científicas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.

Os programas que o Instituto atua são Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. Saiba mais em https://institutohomempantaneiro.org.br/. O IHP também integra o Observatorio Pantanal.

Tags :
Share This :

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.