A equipe da Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), vem atuando diretamente contra uma linha de fogo na região de fronteira entre o Brasil e a Bolívia, na região próxima à Serra do Amolar, distante mais de três horas de navegação rio Paraguai acima a partir de Corumbá (MS). As ações começaram no dia 26/7 e avançaram pelos dias 27 e 28/7.
Neste domingo, o incêndio ganhou proporção para o lado brasileiro, onde há morraria. Uma linha do fogo foi controlada, mas outra linha de fogo aumentou por conta dos ventos. Os ventos chegaram a 16 km/h por volta das 14h (MS) e nessas condições favoreceram a progressão das chamas no sentido Norte-Sul (Bolívia-Corumbá). Por terra, não foi possível evitar que o fogo fosse reduzido ou não continuasse a queimar adentro do território brasileiro.
Aceiros e linhas de proteção feitos em junho e julho pelos brigadistas da Brigada Alto Pantanal evitaram que o fogo queimasse equipamentos e sistemas de monitoramento e comunicação na região por onde o fogo passou, em morraria. Essa medida de prevenção garantiu que mesmo com o avanço do fogo perto de torre do sistema Pantera, os equipamentos não queimaram e seguem em funcionamento.
Porém, como não foi possível evitar o avanço do fogo com combate terrestre, as chamas seguem queimando na noite de 28/7.
Nesse trabalho de combate, equipes do Prevfogo/Ibama e de funcionários de fazenda próxima estão também na região para combater as chamas por via terrestre e atuaram durante todo o final de semana e seguem mobilizados.
O Lasa/UFRJ havia identificado que o risco de incêndio neste dia 28/6 era extremo, o que representa em dificuldade alta para combate. O Pantanal, desde janeiro, já queimou em quase 900 mil hectares, ou 6% do território.
As equipes da Brigada Alto Pantanal, do Prevfogo e dos funcionários de fazenda seguem na região para tentar evitar a progressão do fogo do lado brasileiro.
A manutenção da Brigada Alto Pantanal tem parceria com o VBio, Celeo, ISA CTEEP, Funbio e ADM Care.