Entre os dias 02 e 03 de agosto (sexta e sábado), o Centro de Convenções de Bonito, Rodovia Bonito/Guia Lopes, Km 02, sediará um encontro entre pesquisadores, representantes de instituições e proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) para comemorar a finalização do Projeto Piúva Rosa, desenvolvido no Pantanal. Entre as ações do projeto está a criação de seis RPPNs e a elaboração de cinco Planos de Manejo no Pantanal. Nessa programação, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) vai apresentar o projeto inédito sobre os créditos de biodiversidade, que está em desenvolvimento em RPPNs localizadas na Serra do Amolar.
Os créditos de biodiversidade são ferramentas de Soluções Baseadas na Natureza e correspondem a uma modalidade de Pagamento por Serviço Ambiental (PSA). A execução desse projeto é do IHP, que tem parceria com a ERA e a Regen Network, além da Okala. Saiba mais sobre os créditos de biodiversidade neste link.
“A importância do IHP estar presente no evento do Projeto Piúva Rosa com o tema de créditos de biodiversidade é representada no fato de que vamos abordar um mecanismo que é um PSA, um pagamento por serviço ambiental inovador. O Instituto Homem Pantaneiro é pioneiro no Brasil na geração de créditos de biodiversidade e a metodologia criada é 100% do Brasil. Queremos mostrar para o Mato Grosso do Sul que é possível aliar a conservação com ganhos líquidos. Essa é uma metodologia que permite utilizar a onça-pintada, espécie de ampla ocorrência no estado, e que facilita a adesão de proprietários de terra para a implementação dessa ferramenta”, explica a coordenadora técnica de projetos do Instituto, Yanna Fernanda.
O Projeto Piúva Rosa é executado pela Fundação Pró-Natureza (Funatura), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO como agência executora.
“Com o evento queremos compartilhar os resultados do Projeto Piúva Rosa, o qual inclui a criação de seis novas RPPNs, sendo duas que ainda estão em processo de criação, além da elaboração de cinco Planos de Manejo. Mas além disso, queremos compartilhar experiências de parceiros estratégico para um esforço em conjunto pela conservação do Pantanal”, explica o coordenador do Projeto Piúva Rosa, Laercio Machado de Sousa.
Na programação do evento, evento é aberto ao público no sexta (02) e inicia às 17h. As inscrições devem ser feitas no link: Evento Piúva Rosa | Rede RPPNs (redereservasnaturais.org)
Sexta – 02 de agosto
• Abertura – Pedro Bruzzi (Funatura)
• Apresentação projeto Piúva Rosa – Laercio Machado (Funatura)
• Palestra: PSA de SP – Oswaldo Bruno (Fundação Florestal)
• Palestra: Projetos de Carbono em RPPNs – Jean Budke
• Palestra: Créditos de Biodiversidade – Yanna Fernanda (Instituto Homem Pantaneiro)
• Importância do Parque Nacional da Serra da Bodoquena – Sandro Pereira (ICMBio)
• Ações da Panthera para a conservação da porção norte do Pantanal – Fernando Tortato (Panthera)
Já no sábado (03), a programação é restrita aos convidados, onde durante o dia será realizado visita técnica nas RPPNs e descerramento das placas de criação das reservas, e no período da noite terá entrega de certificados das RPPNs e entrega dos Planos de Manejo aos proprietários.
Sobre a Funatura
A Fundação Pró-Natureza (Funatura), criada em 1986 em Brasília, é uma organização relevante no contexto socioambiental brasileiro. Pioneira na criação de reservas ambientais em áreas privadas no Brasil e responsável pela elaboração do anteprojeto de Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, a Funatura executou mais de cem projetos em seus mais de 35 anos de existência, principalmente no bioma Cerrado.
Destacam-se iniciativas como a implantação do Parque Nacional Grande Sertão Veredas e o Projeto de Santuários de Vida Silvestre, que promovem a proteção ambiental, pesquisas científicas, educação ambiental e ecoturismo. Além disso, a Funatura realizou estudos e projetos em todos os biomas brasileiros, apoiando a preservação de espécies ameaçadas e promovendo o desenvolvimento sustentável junto a comunidades tradicionais.
A Fundação também desempenha um papel ativo na representação da sociedade civil em fóruns e colegiados, buscando melhorias nas condições ambientais e na qualidade de vida da população brasileira. Sua missão é defender o meio ambiente no Brasil, com ênfase na diversidade biológica e na melhoria da qualidade de vida, contribuindo para o uso sustentável dos recursos naturais. Para mais informações acesse: www.funatura.org.br
Sobre o IHP
O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Fundado em 2002, em Corumbá (MS), atua na conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local.
Entre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento e apoio a pesquisas científicas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.
Os programas que o Instituto atua são Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. Saiba mais em https://institutohomempantaneiro.org.br/. O IHP também integra o Observatório Pantanal.