A Brigada Alto Pantanal é um programa do IHP e atua de forma permanente para prevenir e combater os incêndios florestais. O programa tem como apoiadores V.bio, Celeo, ISA CTEEP, Funbio, ADM e Instituto Phi. Para saber mais, acesse aqui.
01/11 – Pela manhã, houve mobilização para monitorar áreas que tiveram o combate de fogo no dia 31/10. Na região da RPPN Acurizal, bem como na RPPN Eng. Eliezer Batista, a chuva começou a ser registrada por volta das 13h30 e as nuvens permaneceram nesse território por boa parte da tarde. Essa condição fez afastar um pouco de fumaça que estava sendo registrada na região, bem como contribuir para combate ao fogo de turfa, que ainda estava muito presente no dia 31/10.
31/10 – O rescaldo na RPPN Acurizal prossegue, pois a equipe da Brigada Alto Pantanal ainda encontrou troncos queimando e dezenas de registros de fogo de turfa. Houve a utilização de trator e bomba d’água para fazer o resfriamento do terreno, em diferentes partes da RPPN. O fogo que foi encontrado em vegetação, mas que estava no princípio, foi combatido diretamente. Algumas chamas cresceram no começo da noite, mas a equipe conseguiu cercar a vegetação que queimava para evitar o avanço do fogo e para não haver um incêndio florestal de grandes proporções.
30/10 – Sem o registro de chuvas consideráveis, ainda há alguns focos de fogo na região da Serra do Amolar. A situação está mais grave no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT). A Brigada Alto Pantanal está percorrendo áreas atingidas pelo fogo na RPPN Acurizal e ainda há ações de rescaldo necessárias, mesmo depois de 7 dias que o incêndio foi registrado no território. Foram encontrados troncos de árvore com chamas ativas e vegetação seca que voltou a queimar. A temperatura segue subindo na região. Não há o registro de fumaça densa. O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) aponta que o Pantanal está com uma estiagem severa. O SGB (Serviço Geológico do Brasil) emitiu boletim neste dia 30/10 e divulgou projeções do modelo GEFS para os próximos 15 dias que indicam acumulados de chuva de 79 mm na bacia. Caso esse prognóstico se concretize, combinado com a tendência observada nos últimos dias, espera-se o início da recuperação dos níveis em Cáceres, Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho, além da estabilização dos níveis em outros locais nos próximos dias. Considerando os anos mais críticos do histórico como referência, é provável que em Ladário o rio se mantenha com cota abaixo de 10 cm até aproximadamente a primeira quinzena de dezembro.
29/10 – Parte da Brigada Alto Pantanal realiza o trabalho de rescaldo em áreas onde houve incêndio na Serra do Amolar. Outra parte dá apoio para a equipe de voluntários da saúde que faz atendimento em comunidades na região. Também há vistoria na área de plantio para identificar medidas necessárias para haver uma nova ação de recuperação na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Acurizal.
28/10 – A Brigada Alto Pantanal, em trabalho conjunto com o Prevfogo/Ibama, fez deslocamentos para realizar o rescaldo em locais que foram registros incêndios no dia 24/10. Por mais que houve chuva no final de semana, os brigadistas ambientais encontraram fogo de turfa, além de trocos que estavam pegando fogo e ameaçavam dar reignição a um incêndio. Pelo sistema Pantera, na central de monitoramento na sede do IHP, em Corumbá (MS), houve a identificação de focos de fumaça tanto na Serra do Amolar, como no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense. Os focos identificados pelo sistema de câmeras na Serra do Amolar foram vistoriados e feito o rescaldo.
27/10 – Como foi um dia depois do registro de chuvas, boa parte das áreas na Serra do Amolar atingidas pelos incêndios do dia 24/10 estavam sem registro de fogo. A Brigada Alto Pantanal e brigadistas do Prevfogo/Ibama fizeram deslocamentos por terra e pelo rio Paraguai para atividades de rescaldo.
26/10 – O registro de chuva na região da Serra do Amolar começou por volta das 8h30 e durou por praticamente toda a manhã, além de períodos da tarde.
25/10 – Os incêndios prosseguiram na Serra do Amolar e atingiram várias morrarias. Houve chuva em Corumbá (MS), mas sem registro no território que houve fogo no dia 24/10.
24/10 – Incêndios florestais tiveram aumento significativo e acabaram atingindo a Serra do Amolar, inclusive área de plantio, onde estavam 25 mil mudas plantadas para recuperação de área afetada pelo fogo em 2020. Houve registro de temperatura acima dos 40º C, bem como ventos que chegaram a 60 km/h. As condições adversas impossibilitaram que os brigadistas ambientais da Brigada Alto Pantanal e os brigadistas do Prevfogo/Ibama conseguissem fazer um combate direto. As chamas alcançaram mais de 7 metros de altura. Houve tentativa de combate aéreo, com aeronave do Ibama. A linha de fogo chegou a ficar com 11 km de extensão dentro da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Acurizal.
23/10 – Os incêndios na região da Serra do Amolar prosseguem e o volume de fumaça no território de divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul está alto. Essa condição tem gerado muitos problemas para as comunidades, como a comunidade indígena Barra do São Lourenço, Aterro do Binega, além de moradores ribeirinhos que vivem ao longo do rio São Lourenço. Os combates prosseguem com a Brigada Alto Pantanal, Prevfogo/Ibama e uso de aeronaves.
22/10 – Incêndio que começou a subir morraria na Serra do Amolar chegou a ser controlado pela Brigada Alto Pantanal e o Prevfogo/Ibama. Houve também registro na região da Baía da Gaíva. As equipes tinham feito um aceiro na RPPN Rumo Oeste, que permitiu combater o avanço de um foco do fogo. Os combates duraram o dia todo.
21/10 – Um incêndio no vale da Rumo Oeste persistia e após a realização de combate durante a manhã, houve registro de garoa na região. No mesmo dia, em Corumbá, houve registro de chuva forte, mas a situação não foi repetida na região da Serra do Amolar. Mesmo assim, a garoa contribuiu para reduzir a temperatura e diminuir a intensidade do fogo. Houve registros de relâmpagos e trovões na região, além disso, ocorreu a detecção de fogo em área perto da RPPN Acurizal. Também teve registro de incêndio atrás da comunidade indígena Barra do São Lourenço. O volume de fumaça no território é muito grande, por conta da intensidade das chamas.
20/10 – O fogo causou sério risco para a comunidade Barra do Binega desde as primeiras horas do dia. Por conta da proximidade das chamas, alguns moradores decidiram deixar suas casas e a escola municipal rural que atende a região precisou ser fechada às pressas para resguardar a vida de alunos e professores. O acesso para a comunidade está prejudicado, pois o nível do rio está baixo e a navegação, em alguns pontos, não consegue ser feita. É preciso descer da embarcação e puxar o barco. Não houve registro de chuva.
19/10 – A Brigada Alto Pantanal e os brigadistas do Prevfogo/Ibama realizaram rescaldo em áreas queimadas anteriormente. Muito registro de fogo de turfa e troncos queimando nas proximidades da comunidade indígena Barra do São Lourenço. Os filhotes de tuiuiú resgatados um dia antes foram levados para Corumbá, e posteriormente iriam para Campo Grande, por meio de helicóptero do Ibama. Um dos filhotes não resistiu ao possível estresse sofrido e faleceu. O filhote com a asa quebrada e outro foram encaminhados para o CRAS em Campo Grande.
18/10 – Sem chuva na região da Serra do Amolar, apesar de registro pluvial nas proximidades de Corumbá. Por conta da estiagem, o fogo foi intenso e a comunidade indígena Barra do São Lourenço ficou cercada por incêndio florestal. Como as rajadas de vento estavam intensas, as chamas espalharam-se e chegaram próximo de algumas casas. As ações dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul, do Prevfogo/Ibama e da Brigada Alto Pantanal contribuíram para criar uma linha de defesa em toda a área. A Brigada Alto Pantanal e o Prevfogo/Ibama também conseguiram resgatar três filhotes de tuiuiú, que estavam perto do Morro do Caracará. Com apoio das médicas-veterinárias Mariana Queiroz e Franciele Oliveira, foi realizado um atendimento emergencial para transporte dos filhotes, de cerca de 3 meses, para a RPPN Acurizal. Um dos filhotes quebrou uma asa.
17/10 – Os incêndios passaram a ameaçar muito os moradores da comunidade indígena Barra do São Lourenço. Além do fogo, a fumaça passou a ficar muito forte e prejudicar dezenas de pessoas que vivem na localidade. O fogo também alcançou o Morro do Caracara, e rodeou a região, além de trazer perigo para moradores que vivem próximo. A Brigada Alto Pantanal chegou a subir no morro, que tem o sistema de monitoramento Pantera, mas precisou retrair devido ao perigo na região. O Prevfogo/Ibama estava no local e também fez trabalho de combate. Nesse monitoramento, a Brigada Alto Pantanal identificou um ninho de tuiuiú com três filhotes que estava sob ameaça e no dia seguinte foi programada uma ação de acompanhamento. O nível do rio Paraguai ainda apresentava dificuldades para navegação e só estava sendo possível haver navegação com segurança pelo canal.
16/10 – A linha de fogo entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul chegou a ter 30 km de extensão. O incêndio pulou o rio São Lourenço e queimou tanto o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, como área de MS, seguindo para a direção da comunidade indígena Barra do São Lourenço. A Brigada Alto Pantanal e o Prevfogo/Ibama estiveram na comunidade para verificar a situação e criar linhas de defesa na região. Por conta do volume de fumaça, muitas pessoas reclamaram das condições para respirar.
15/10 – Os incêndios seguem com grande proporção, causando muita fumaça e dificultando tanto o transporte aéreo, como as condições de respiração nas comunidades. Houve manutenção de um aceiro na região da comunidade indígena da Barra do São Lourenço para tentar garantir a proteção do local. Um incêndio no Morro do Caracara estava com brigadistas voluntários da comunidade Barra do São Lourenço e houve apoio para eles na região. Contudo, os ventos fortes fizeram as chamas irem em direção aos brigadistas, que precisaram retrair. O fogo que estava em Mato Grosso pulou o rio São Lourenço e atingiu o Mato Grosso do Sul.
14/10 – Aceiro realizado em volta da casa de seu Vicente, guató que vive isolado no rio São Lourenço. O Prevfogo/Ibama também atuou no território. Também houve combate de incêndio nessa região. O incêndio do lado de Mato Grosso vem crescendo desde o dia 11/10.